quarta-feira, fevereiro 10

Solidão genuína.


Hoje acordei mais uma vez ao som da chuva, ao som do vento forte que ia contra a minha janela como se quisesse invadir o meu quarto. Mas que belo dia. Não existe nada melhor do que uma boa caneca de chocolate quente, aquecer a alma junto à lareira e ouvir o som da chuva que alaga as ruas e ruelas da cidade. 
 Bebo o chocolate quente que aqueci, sento-me no sofá junto à lareira e delicio-me com os chocolates que me ofereceste no nosso último encontro, refiro-me aos doces que causaste à minha alma... Sinto muito por sentir a tua falta. Lembro-me de cada detalhe do nosso último dia juntos, lamento muito o efeito que o álcool não me causou... O esquecimento. Lamento ter-te beijado e ter sentido que estava a crescer um sentimento enorme dentro de mim. E estava... Mas tu afastaste-me. 
 Poderia ter insistido em ti, mas teria de me esforçar bastante para que o monólogo se tornasse num diálogo. Então pensei: "Esquece!", e assim preferi a solidão genuína do que a pseudo presença de alguém que não me quer por perto.